Pesquisas realizadas periodicamente mostram que os homens, de modo geral, se preocupam menos com a sua saúde que as mulheres. O Novembro Azul é uma oportunidade de estimular a população masculina a se cuidar, em especial no que diz respeito ao câncer de próstata. Nas consultas periódicas, o assunto deve ser abordado para se definir, a partir da avaliação médica, o direcionamento necessário para realizar o rastreamento e detecção precoce da doença.


No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Considerando homens e mulheres, em valores absolutos, é o segundo tipo mais comum.



A única forma de aumentar as chances de cura do câncer de próstata é por meio do diagnóstico precoce. Por isso, é importante procurar um médico e fazer o exame regularmente, mesmo na ausência de sintomas.



O que é a próstata?
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino localizada abaixo da bexiga. Sua principal função é produzir parte do sêmen, líquido que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.
Sintomas:
Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas. Quando os sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura.
Na fase avançada, os sintomas são:
• dor óssea;
• dor ao urinar;
• vontade de urinar com frequência;
• presença de sangue na urina e/ou no sêmen;



Fatores de risco:
A idade é um fator de risco importante, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.
• histórico familiar de câncer de próstata: pai, irmão e tio;
• raça: homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer;
• obesidade;



Prevenção e detecção precoce:
Os especialistas recomendam, como medida mais eficaz para a prevenção de cânceres em geral, a adoção de hábitos saudáveis, como não fumar, controlar o peso, praticar atividades físicas regularmente, alimentar-se de forma adequada e evitar bebidas alcoólicas.



A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou de pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença. No caso do câncer de próstata, esses exames são o toque retal (que permite ao médico avaliar alterações da glândula - como endurecimento e presença de nódulos suspeitos) e o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico).



Mesmo na ausência de sintomas, a recomendação é que os homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista, que realizará uma avaliação clínica. Outros exames podem ser úteis se houver suspeita de câncer de próstata, como a ressonância magnética e a biópsia, que retira fragmentos da próstata para análise.



Tão perigoso quanto o câncer de próstata é o preconceito.



Cuidar da saúde também é coisa de homem.