Com 12 mil novos casos a cada ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer infantil tem índice de cura de até 80% quando o diagnóstico é realizado precocemente. A doença se manifesta geralmente entre crianças de 4 a 5 anos, e os tipos mais comuns são a leucemia, tumores no sistema nervoso central e linfomas.


Não há evidências científicas sobre a relação entre tumores na infância e adolescência e fatores ambientais, por isso não é possível prevenir esse tipo de câncer. Para o Inca, a ênfase está no diagnóstico precoce e na orientação terapêutica de qualidade.


A quimioterapia é o principal tratamento disponível. Apesar dos efeitos colaterais, o tratamento nas crianças tem melhor resposta do que em adultos.


Alerta aos sintomas
O câncer infantil é a segunda principal causa de morte na faixa etária entre 1 e 19 anos, diz o Ministério da Saúde. É difícil identificar a doença em seu estágio inicial, pois os primeiros sintomas são confundidos com os de doenças comuns entre crianças, como viroses e resfriados.


Os pais devem prestar atenção em sinais que permanecem, como hematomas sem explicação, nódulos, caroços, cansaço extremo, palidez, perda de peso excessiva, mudança na visão e nos olhos e febre sem associação com inflamações. Os sinais devem ser investigados por médicos o mais rapidamente possível.


Para auxiliar na identificação desses sintomas, o Inca publicou uma cartilha, que está disponível na internet. Ao perceber esses sinais, procure um especialista.


 Veja alguns dos sintomas mais comuns:
- Palidez;
- Hematomas ou sangramento;
- Dor óssea;
- Caroços ou inchaços, principalmente aqueles indolores e sem febre;
- Perda de peso inexplicada;
- Tosse persistente, sudorese noturna e falta de ar;
- Alterações nos olhos, como estrabismo;
- Inchaço abdominal;
- Dores de cabeça persistentes ou graves, vômitos pela manhã com piora ao longo do dia;
- Dor em membros e inchaço sem traumas;
- Mudança de comportamento.