A Casembrapa informa que não haverá reajuste no valor da mensalidade do plano de saúde neste ano. Deste modo, o percentual de 5,19% da referência salarial, em vigor desde agosto de 2018, continua valendo até julho de 2020.


A decisão foi tomada pela Diretoria Executiva, e autorizada pelo Conselho de Administração (CAD), com base no estudo atuarial que constatou o equilíbrio econômico-financeiro da operadora e a sustentabilidade do plano pelo modelo de custeio e os valores atuais. A vigência da contribuição mensal está documentada no Regulamento da Casembrapa.


“Nossos esforços em 2018 foram fundamentais para que neste ano não fosse preciso aplicar o reajuste. Estamos com as contas equilibradas e aumentamos nossas reservas. Esse trabalho terá continuidade para que o plano continue sustentável e oferecendo o melhor atendimento para nossos associados”, diz o presidente interino da Casembrapa, Alan Reis.


A boa condição financeira da Casembrapa, que permitiu manter os valores da mensalidade, só foi possível graças aos esforços da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração desde 2017. Naquele ano, a operadora passou por dificuldades, com elevados gastos assistenciais por parte dos associados.


As ações imediatas de gestão levaram a operadora a reverter o quadro já no ano seguinte. O balanço patrimonial apontou que a Casembrapa saiu de um resultado contábil (previsão de contas a pagar) negativo de R$ 12,4 milhões, em 2017, para um resultado positivo de R$ 23 milhões em 2018.


Os resultados satisfatórios continuam a ser vistos em 2019. Além de cobrir integralmente as despesas mensais, a arrecadação tem permitido que a operadora constitua reservas que garantem sustentabilidade. Até junho último, a Casembrapa obteve um resultado contábil positivo de (+) R$ 10 milhões e um resultado financeiro positivo de (+) R$ 13 milhões.


As demonstrações financeiras do plano em 2018 podem ser conferidas neste link.


Entre as decisões que trouxeram a operadora ao equilíbrio financeiro estão o próprio reajuste de 2018, a negociação direta com prestadores para fornecimento de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), que gerou uma redução média de 20% nos custos, a realização de auditoria técnica in loco no Distrito Federal, com economia de 15% com os gastos de internação, e a auditoria nas contas médicas, que reduziu os custos em cerca de R$ 1 milhão, no ano passado.


TAOEF
Com a situação atípica de 2017, a Casembrapa teve de assinar um Termo de Assunção de Obrigações Econômico-Financeiras (TAOEF), junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em agosto do ano passado. Quase a totalidade do acordo foi cumprida em apenas quatro meses, mesmo com a operadora tendo dois anos de prazo.


O pedido para encerramento do compromisso foi feito pela Casembrapa em 9 de abril deste ano, depois que a operadora atendeu ao último item do termo, que dizia respeito à exigência de aplicação de recursos em um “fundo de custódia”.