No Brasil, o número de novos casos de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), em 2014, diminuiu em relação a 2013. No entanto, o crescimento da epidemia entre os jovens brasileiros é preocupante. Cerca de 25% dos casos de Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) são diagnosticados quando o quadro de imunossupressão já está em estado avançado.


Em 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio do UNAIDS – Programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, definiu como objetivo que até 2020 devem ser diagnosticadas 90% das pessoas com Aids, 90% destas pessoas deverão ser tratadas com Terapia  Antirretroviral (TARV) e 90% dos pacientes em tratamento deverão ter supressão viral.


De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem no mundo 12 milhões de pessoas com Sífilis adquirida, sendo que o acréscimo anual é de 714 mil novos casos. Segundo o Conselho Federal de Medicina, é essencial o diagnóstico precoce de algumas doenças infectocontagiosas, como a Sífilis, o HIV e as Hepatites B e C, a fim de indicar o tratamento adequado, diminuir o risco de transmissão e ajudar na prevenção.


Em entrevista ao Amazônia Brasileira desta quarta-feira (16), o coordenador da Câmara de Bioética e da Câmara de Ginecologia e Obstetrícia, José Hiram Gallo, falou sobre a recomendação do Conselho Federal de Medicina(CFM) para os médicos do Brasil orientarem seus pacientes a fazerem exames de hepatites B e C, sífilis e HIV, com o objetivo de ajudar no diagnóstico, em tempo oportuno, dessas doenças infectocontagiosas.


Segundo o conselheiro federal, o CFM está preocupado com o aumento de casos de HIV, Sífilis e Hepatite B e C, com isso o Conselho resolveu fazer uma recomendação a todos os médicos brasileiros, a fim de evitar o aumento de casos e prevenir os pacientes.


Ele comenta que o Ministério da Saúde registrou, em 2014, na faixa etária de 15 a 24 anos, um aumento de 36,5% nos últimos 10 anos, isso significou um registro de 4.669 notificações, nessa faixa etária, em 2014, por isso a necessidade de exames para diagnósticos precoces.


Hiram Gallo explica que os médicos, independente da sua especialidade, devem conversar com seus pacientes e explicar a importância desses exames, para evitar a propagação dessas doenças. Ele conta que o paciente não é obrigado a fazer esses exames, entretanto é obrigação do médico orientá-lo a fazer e explicar os motivos.


Ouça a entrevista na íntegra clicando aqui e saiba mais sobre a recomendação do CFM.