Falar abertamente sobre suicídio nos dias atuais ainda é um tabu. O espanto desse mal assusta e impacta todas as camadas da sociedade e, por muitas vezes, é incompreendido pela sociedade sendo taxado como “frescura” colocando as pessoas que precisam de ajuda em uma posição de autodefesa, que resulta na recusa de procura por tratamento adequado. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 5,8% da população brasileira sofre de depressão, o que representa um total de 11,5 milhões de casos. O índice de pessoas que cometem suicídio supera o número de pessoas que morrem pelas doenças como HIV, malária, câncer de mama, homicídios e até supera o número de óbitos em guerras.
O suicídio é a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal, entre os jovens de 15 a 29 anos. As situações que levam a esse fim podem surgir de quadros de depressão, bem como do consumo de drogas. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. Ao contrário do pensamento da grande maioria, a depressão não é frescura e precisa ser tratada como caso de saúde pública.
Pensando em alertar a sociedade sobre essa doença que tira milhares de vidas todo o ano no Brasil, foi criado o setembro Amarelo que é o mês dedicado à prevenção do suicídio. Trata-se de uma campanha, que teve início no Brasil em 2015, e que visa conscientizar as pessoas sobre o esse mal, bem como evitar o seu acontecimento.
É possível aumentar a conscientização sobre o problema do suicídio com ferramentas fáceis para ajudar a si mesmo e aos outros. Saiba como:
– Saiba reconhecer os sinais;
– Saiba como ajudar;
– Faça do bem-estar mental uma prioridade em sua vida;
– Saiba que existe ajuda e que a recuperação é possível;
– Dissemine esses cinco passos para outras cinco pessoas.
Ajude quem está passando por um momento difícil
Quando uma pessoa decide terminar com a sua vida, os seus pensamentos, sentimentos e ações apresentam-se muito restritivos, ou seja, ela pensa constantemente sobre o suicídio e é incapaz de perceber outras maneiras de enfrentar ou de sair do problema. Essas pessoas pensam rigidamente pela distorção que o sofrimento emocional impõe.
Pergunte se a pessoa está pensando em suicídio. Ouça sem julgar. Deixe a pessoa falar sem interrupção e faça com que ela se sinta ouvida e amada. Responda com gentileza e cuidado. Leve a pessoa a sério. Acompanhe a pessoa e ofereça apoio na transição da crise para a recuperação.
A vida é sempre a melhor escolha
É importante que as pessoas que estejam passando por momentos de crise busquem ajuda. O ideal é um acompanhamento psicológico, além do apoio da família e dos amigos. Para isso, é essencial que elas consigam falar sobre o que sentem e busquem ajuda profissional.
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