O mês de junho chega e com ele uma das campanhas mais importantes de altruísmo do ano: Junho Vermelho, que reforça a importância da doação de sangue, realizada no banco de sangue do Brasil. A campanha Junho Vermelho foi criada em 2015  por iniciativa da Organização Mundial da Saúde. A escolha do mês está relacionada à chegada do inverno em grande parte do país, período em que os estoques dos hemocentros costumam ficar mais baixos, além de comemorar também o Dia Mundial do Doador de Sangue que é celebrado no dia 14 de junho. O Brasil ainda tem um número baixo de pessoas que realizam doações de sangue voluntárias e de forma constante.


Mesmo com as constantes campanhas para conscientizar a sociedade sobre a doação de sangue, muitos desconhecem sua  dimensão, o que reflete diretamente no sistema de saúde.  De acordo com o Ministério da Saúde, apenas dezesseis a cada mil brasileiros são doadores de sangue, o que representa somente 1,4% da população, mas que está dentro dos parâmetros recomendados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) de, pelo menos, 1% da população doadora. Apesar disto, o número de doadores está longe de atender a atual demanda do país. Por isso a importância de aumentar ainda mais esse índice. Quanto mais pessoas doando melhor e maiores as chances de manter os estoques de sangue sempre em níveis seguros.


A doação de sangue é extremamente importante e pode ser decisiva na vida de alguém. Com apenas uma única doação de sangue, que é insubstituível e essencial para o corpo, pode-se salvar até quatro pessoas. Esse ano, a doação de sangue vem marcada pelos desafios adicionais que os hemocentros do Brasil enfrentaram durante a crise sanitária de Covid-19. A doação de sangue não traz riscos adicionais quanto à Covid-19 e a perda de hemácias (células do sangue) não compromete a imunidade. Além disso, os hemocentros estão preparados e seguem rigorosamente todos os protocolos de segurança para prevenir os candidatos à doação e os profissionais de saúde, com atendimentos, inclusive, com hora marcada.


O que precisa para ser um doador de sangue?


O doador passará por uma entrevista que tem o objetivo de dar maior segurança ao processo. Mas para que, de fato, a doação de sangue seja concluída é necessário estar dentro de alguns requisitos: 



  • É preciso pesar no mínimo 50kg e estar em bom estado de saúde;

  • Ter entre 16 a  69 anos de idade, menores de 18 anos devem ter o consentimento dos responsáveis;

  • Candidatos à doação com idades entre 60 e 69 anos só podem doar se já tiverem doado antes dos 60;

  • O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nem ter fumado nas 12 horas anteriores à doação.

  • O candidato à doação não pode estar em jejum.

  • A frequência máxima admitida é de quatro doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher.

  • O intervalo mínimo entre doações deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.

  • A doação de sangue deve ser 100% voluntária, altruísta e não remunerada (direta ou indiretamente), independentemente do parentesco.


O que acontece com o sangue doado?


Uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450 ml. Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas e plasma) e assim poderá beneficiar mais de um paciente com apenas uma unidade coletada. Os componentes são distribuídos para os hospitais para atender aos casos de urgência e emergência e aos pacientes internados.  Doar sangue é doar vida, sua atitude pode salvar vidas.  Procure o hemocentro mais próximo e seja um doador de sangue!