Todos sabem que fumar traz muitos malefícios à saúde. O consumo do tabaco é o principal fator de risco para câncer de pulmão e tem relação direta com a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e a tuberculose, entre outras enfermidades do sistema respiratório. Nesse 31 de maio, dia Mundial Sem Tabaco, trazemos um alerta sobre os riscos no consumo de cigarro.
Os impactos do organismo são muitos e são graves, segundo a pneumologista Flávia Fonseca Fernandes. “Temos o dano causado pelo ar quente e sujo sendo aspirado, além do contato com substâncias irritantes, que agridem diretamente as vias aéreas, estimulam a sua contração e alteram os mecanismos protetores dos pulmões.” A nicotina também afeta o sistema nervoso.
Doenças como a DPOC, conhecida como enfisema ou bronquite crônica, o câncer de pulmão e doenças cardiovasculares estão diretamente associadas ao consumo de cigarro. “Um tabagista tem 22 vezes mais chances de desenvolver um câncer de pulmão do que um não tabagista”, afirma a especialista.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o consumo de fumo é a causa mais comum do câncer pulmonar, sendo responsável direto por 1,2 milhão de mortes por ano. Em relação às doenças cardiovasculares, o consumo de cigarro leva à morte quase 3 milhões de pessoas anualmente.
Até mesmo o uso de narguilés, que se tornou moda entre os mais jovens nos últimos anos, pode ser prejudicial. Este hábito pode até ser mais agressivo à saúde do que os cigarros vendidos em maços. “Engana-se quem utiliza o narguilé achando que está livre das substâncias nocivas encontradas nos cigarros. No narguilé temos uma maior exposição a substâncias tóxicas e ao monóxido de carbono, além de tragar uma quantidade muito grande de fumaça, o que pode equivaler a aproximadamente 100 cigarros”
O hábito de fumar também potencializa problemas de saúde em pessoas com diabetes, hipertensão e doenças circulatórias. Nem mesmo quem é exposto de forma involuntária ao tabaco está livre dos efeitos. Ainda que por um curto período, isso pode acarretar reações alérgicas como rinite, tosse, conjuntivite e crises de asma.
Em pessoas expostas por longos períodos, o tabagismo passivo pode levar ao infarto agudo do miocárdio e ao câncer de pulmão, entre outros. Em crianças, a exposição pode aumenta o número de infecções respiratórias. Bebês expostos ao fumo passivo podem ter redução do crescimento e da função pulmonar.
“Não adianta ter uma vida ativa, realizando exercícios físicos e tendo uma boa alimentação. Isso não suprime os danos causados pelo cigarro. A melhor forma de amenizar alguns dos efeitos do tabagismo é parar de fumar, o quanto antes, pois alguns dos danos causados são irreversíveis”, diz Flávia.
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