Julho Amarelo: mês de conscientização e luta contra as hepatites virais

Julho Amarelo: mês de conscientização e luta contra as hepatites virais

Julho Amarelo: mês de conscientização e luta contra as hepatites virais

Julho Amarelo: mês de conscientização e luta contra as hepatites virais

A falta de conhecimento sobre a doença é um grande desafio para a prevenção e controle das hepatites

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), mais de 1,5 milhão de pessoas têm hepatite, mas apenas 300 mil descobrem o diagnóstico, isso porque a doença tem alguns sintomas silenciosos que passam despercebidos.  Diante desse desconhecimento da doença e a fim de conscientizar a população, foi criada a campanha “Julho Amarelo” pela Lei nº 13.802/2019 que tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais.

A hepatite é uma  doença transmissível, e, no Brasil, cerca de um milhão de pessoas possui algum tipo de hepatite viral e não sabe que é portador da doença, o que aumenta as chances de contágio. Aqui, os tipos mais comuns são causados pelos vírus A, B e C. Nem sempre a doença apresenta sintomas, mas quando aparecem, estes se manifestam na forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. As hepatites virais A e E são caracterizadas por se manifestarem somente na forma aguda. Já nos tipos B, C e E, podem se tornar crônicas.

Diagnóstico: 

Conheça os tipos de hepatite 

No caso específico das hepatites virais, que são o objeto da campanha Julho Amarelo, estas são inflamações causadas por vírus classificados pelas letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E.

– Hepatite A: tem o maior número de casos, está diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve e se cura sozinha. Existe vacina.

– Hepatite B: é o segundo tipo com maior incidência; atinge maior proporção de transmissão por via sexual e contato sanguíneo. A melhor forma de prevenção para a hepatite B é a vacina, associada ao uso do preservativo.

– Hepatite C: tem como principal forma de transmissão o contato com sangue. É considerada a maior epidemia da humanidade hoje, cinco vezes superior à AIDS/HIV. A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado.  A doença pode causar cirrose, câncer de fígado e morte. Não tem vacina.

– Hepatite D: causada pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D.

– Hepatite E: causada pelo vírus da hepatite E (VHE) é transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E não se torna crônica, porém, mulheres grávidas que forem infectadas podem apresentar formas mais graves da doença.

 Tratamento

Os exames de rotina são essenciais para, caso tenha a contaminação pelo vírus, iniciar o tratamento adequado para cada tipo de hepatite. Atualmente, existem testes rápidos para a detecção da infecção pelos vírus B ou C, que estão disponíveis no SUS. Todas as pessoas precisam ser testadas pelo menos uma vez na vida para esses tipos de hepatite. Populações mais vulneráveis precisam ser testadas periodicamente. 

Além disso, é importante ressaltar que até o momento a  hepatite B não tenha cura, mas a vacina contra essa infecção é ofertada de maneira universal e gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS), nas Unidades Básicas de Saúde. Já a hepatite C não dispõe de uma vacina que confira proteção. Contudo, há medicamentos que permitem sua cura. 


Saiba como se prevenir: 

As vacinas são as principais estratégias de prevenção contra as hepatites A e B, e estão inseridas no Calendário Nacional de Vacinação pelo SUS. Além da imunização, há outras formas muito importantes de prevenção e não tem segredo: usar preservativo nas relações sexuais, o não compartilhamento de objetos de uso pessoal, como lâminas, alicates de unhas e seringas e higienização correta das mãos ao manipular alimentos (sobretudo após o uso do banheiro). Homens ou mulheres de 40 anos ou mais, ou pessoas de qualquer idade que compartilharam objetos de manicure, lâminas de barbear e ainda aqueles que não usaram preservativos nas relações sexuais podem ter hepatite C e não saber. Pode parecer excessivo os cuidados recomendados, porém são necessários para que seja possível uma boa qualidade de vida livre da hepatite.

 Fonte: Ministério da Saúde

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