‘Abril Azul’: por qualidade de vida e inclusão

‘Abril Azul’: por qualidade de vida e inclusão

‘Abril Azul’: por qualidade de vida e inclusão

‘Abril Azul’: por qualidade de vida e inclusão

Campanha chama atenção para o paciente com Transtorno do Espectro Autista e combate o preconceito deste quadro que afeta 1 a cada 160 crianças

Com o intuito de informar mais as pessoas sobre os transtornos do espectro autista (TEA), acontece no quarto mês do ano a campanha “Abril Azul”. A ideia é contribuir para a inclusão social e para reduzir o preconceito contra aqueles que são afetados por essa síndrome neuropsiquiátrica, que atinge 1 em cada 160 crianças no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, a estimativa é de que 2 milhões de pessoas apresentam o quadro, de acordo com o Ministério da Saúde.

A campanha ocorre em referência ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado todo dia 2 de abril, desde 2008. A escolha pela cor azul diz respeito ao fato de o TEA ser mais comum em meninos do que em meninas, numa proporção de 4 para 1.

O quadro
O transtorno do espectro autista (TEA) se refere a uma série de condições, em diferentes níveis, e que pode levar a algum grau de comprometimento na comunicação e na linguagem e causar alguma dificuldade no convívio social. Em muitos casos, a pessoa tem interesses apenas por realizar um número restrito de atividades, de forma repetitiva, contribuindo para o isolamento, especialmente se não for acompanhado da maneira adequada.

Esses transtornos se manifestam na infância, tendendo a se prolongar pela adolescência e pela idade adulta. Segundo os especialistas, os primeiros sinais costumam se manifestar nos primeiros cinco anos de vida. Quanto antes for feito o diagnóstico, maiores as chances de que as ações terapêuticas e os cuidados possam ter um impacto positivo na vida do paciente.

De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), órgão ligado à ONU, pessoas com autismo frequentemente apresentam outras condições concomitantes, que pode ser epilepsia, depressão, ansiedade ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), entre outros. Mesmo não tendo cura, o TEA pode ser tratado com terapias e medicamentos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias e pessoas mais próximas.

TEA em tempos de Covid-19
Com o isolamento social, como cuidado para evitar a propagação do coronavírus, os desafios dos familiares de pacientes com autismo se tornaram ainda maiores. Em muitos casos, a pessoa com TEA fica impedida de realizar as atividades habituais. A rotina é um aspecto importante para a qualidade de vida do autista e para o desenvolvimento de suas habilidades.

Por isso, a orientação dos especialistas é procurar manter uma programação padrão dentro de casa, reservando horários para cada tipo de atividade, seja da escola ou outra coisa mais prazerosa, lúdica. Também é fundamental deixar a pessoa com um pouco de tempo ocioso. Mesmo com todas as dificuldades, as terapias devem prosseguir durante o período, seja de forma presencial, com todo o cuidado necessário, seja online, quando possível.

Tratamento
O tratamento pode envolver o acompanhamento de diversos especialistas, entre eles médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos. Os pais e pessoas que mais convivem com esses pacientes também precisam de orientação para proceder da melhor maneira no dia a dia. Uma equipe multidisciplinar deve avaliar cada caso e desenvolver um programa de acompanhamento personalizado, já que nenhuma pessoa com TEA é igual a outra e cada um apresenta peculiaridades que devem ser analisadas com cuidado e critério.

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